Por que um rastro de fumaça cobre o Brasil de Nort

Por que um rastro de fumaça cobre o Brasil de Norte a Sul?

Presença de monóxido de carbono e dióxido de nitrogênio prejudicam a qualidade do ar nas cidades afetadas

Por que um rastro de fumaça cobre o Brasil de Norte a Sul?

As queimadas na Amazônia e no Pantanal têm provocado constantes episódios de fumaça e diminuição na qualidade do ar que já impactam dez estados do país, alcançando regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. 

Imagens obtidas pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos mostram a concentração do monóxido de carbono sobre uma faixa que se estende do Norte do Brasil até as regiões Sul e Sudestepassando sobre o Peru, Bolívia e Paraguai.

Na última semana, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um alerta sobre os cuidados necessários para a saúde nesses casos. 

A fumaça que atinge o Brasil se origina de queimadas na região amazônica, Pantanal e países vizinhos. Correntes de vento de Norte que trazem ar quente de Norte formam um rio atmosférico de fumaça até o Rio Grande do Sul. A fumaça deixa o céu acinzentado no Rio Grande do Sul com o sol avermelhado e laranja.

Um sistema de ventos que transporta a fumaça e umidade ao longo da América do Sul, conhecido como rios voadores, que na estação seca acaba levando a poluição por milhares de quilômetros.

Maior número de focos em 17 anos

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a atual temporada apresenta o maior número de focos de queimadas em 17 anos, exacerbado pela seca que afeta mais de mil cidades brasileiras.

Os ventos carregam a fumaça da Amazônia do Pantanal do Norte para o Sul e Sudeste, seguindo uma rota que passa pelos Andes e é influenciada por frentes frias.

A trajetória da fumaça, dependendo da intensidade das frentes frias, pode ser desviada ou intensificada, afetando ainda mais as áreas já atingidas ou até mesmo retornando para o Norte, aumentando a poluição em locais como Manaus.

presença de monóxido de carbono e dióxido de nitrogênio prejudicam a qualidade do ar nas cidades afetadas, aumentando os riscos para a saúde, especialmente para idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios.

 

 

Situação crítica na Amazônia

governo federal, em articulação com os governos dos estados da Amazônia Legal, vai montar frentes de atuação em três regiões que registram a maior das queimadas e incêndios florestais no bioma neste momento.

A medida foi anunciada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), após reunião, no Palácio do Planalto, em Brasília, que contou com a presença de governadores e representantes dos nove estados da Amazônia Legal, além do Mato Grosso do Sul.   

"Nós temos 21 municípios que concentram 50% de todos os focos de incêndios na Amazônia. E nós estamos separando em três regiões onde a gente quer instalar frentes multiagências interfederativas, ou seja, com órgãos federais e estaduais, e vamos chamar também órgãos municipais, para gente atuar sobre essas novas ignições de incêndio", afirmou André Lima, secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial no MMA.

Segundo Lima, as três áreas prioritárias são as regiões entre Porto Velho, em Rondônia, e Humaitá, no Amazonas, na abrangência da BR-319; a região de Apuí, no Amazonas, por onde passa a BR-230, que é a Rodovia Transamazônica; além da região de Novo Progresso, no oeste do Pará, abrangida pela BR-163.

Nessas localidades, serão instaladas bases multiagências, envolvendo órgãos federais, entre eles o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além da Polícia Federal, polícias estaduais e outras agências estaduais.

Segundo o governo, já existem cerca de 360 frentes de incêndios em atuação no Norte do país, com mais de 1,4 mil brigadistas.

De janeiro até agora, foram registrados mais de 59 mil focos de incêndio na Amazônia, o pior número desde 2010. O resultado disso é que a fumaça das queimadas atinge cidades de dez estados, que registraram o céu cinza e a diminuição na qualidade do ar.

MS tem situação climática extrema

Com situação climática extrema em Mato Grosso do Sulos incêndios florestais continuam ativos no Pantanal e também ocorrem em outros biomas do Estado – Cerrado e Mata Atlântica.

A condição atual do clima aumenta o risco queimadas, por conta das altas temperaturas com registros que chegam a 41°C em algumas regiões, além da baixa umidade relativa do ar em 10% e rajadas de vento de 50 km/h, favorecendo a propagação do fogo.

 

 

No Pantanal o combate aos incêndios, realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar com apoio de outras forças de segurança e brigadistas, continua nas regiões do Nabileque, Urucum, Parque Estadual das Nascentes do Taquari, e na divisa com o Mato Grosso, e nos municípios de Miranda – Porto Esperança e Salobra –, Aquidauana – Taboco –, Coxim e Porto Murtinho. Também são monitoradas as áreas do Passo do Lontra, Serra do Amolar, Porto da Manga e Forte Coimbra.

Além dos diversos focos na região pantaneira, o Corpo de Bombeiros também atuou – ontem (21) – em incêndios que ocorreram em São Gabriel do Oeste, Costa Rica, Camapuã e Naviraí.

Mato Grosso

Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso combate 20 incêndios florestais no Estado, segundo dados da quarta-feira. Estão em campo 132 bombeiros militares, que contam com apoio de quatro aviões, dois helicópteros, 45 viaturas, entre caminhonetes e caminhões-pipa, 11 máquinas e quatro barcos.

estiagem severa e a baixa umidade do ar têm contribuído para a propagação das chamas, e o Corpo de Bombeiros pede que a população colabore e respeite o período proibitivo. A qualquer indício de incêndio, os bombeiros orientam que a denúncia seja feita pelos números 193 ou 190.

 

 

Desde o início do período proibitivo de uso do fogo, o Corpo de Bombeiros extinguiu 65 incêndios florestais no Estado

Em Mato Grosso, foram registrados 1.543 focos de calor nesta quarta-feira, conforme última checagem às 17h30, no Programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desses, 732 se concentram no Cerrado, 611 na Amazônia e 200 no Pantanal. Os dados são do Satélite de Referência (Aqua Tarde).

O pior que não se vê a grande mídia noticiar nada, por que será?

Fonte original aqui