Quando um presidente quer ser proprietário do Estado
Quando um presidente quer ser proprietário do Estado, de suas estatais, é para poder empregar seus seguidores e levantar dinheiro para eleições que o mantenham no poder e legalizem esse patrimonialismo
O fenômeno do patrimonialismo na política latino-americana, destacando a apropriação do Estado por líderes políticos para consolidar poder, especialmente à luz da situação na Venezuela sob Nicolás Maduro. Alexandre Garcia utiliza esse exemplo para alertar sobre os riscos dessa abordagem para a democracia e os direitos humanos na região.
A carta enviada por 30 ex-presidentes latino-americanos ao presidente Lula é um chamado à responsabilidade do Brasil, ressaltando que a inação nas discussões da OEA pode ter consequências severas para a democracia no continente. A crítica à postura do Brasil sob a nova administração aponta que há uma oportunidade para uma participação mais ativa na defesa da democracia e dos direitos humanos, que tem sido ignorada.
Além disso, Garcia destaca a complexa rede de interesses econômicos e políticos que sustenta líderes como Maduro, envolvendo aliados internacionais e questões relacionadas ao narcotráfico. Essa interconexão ressalta a fragilidade da democracia quando o Estado é usado para favorecer interesses pessoais ou de grupos específicos.
Garcia também aponta que a manutenção do poder por líderes como Maduro é sustentada por uma rede de interesses económicos e políticos, tanto locais quanto internacionais. Esses interesses envolvem desde aliados estrangeiros como China e Rússia até questões relacionadas ao narcotráfico e à influência de organizações criminosas.